Luanda – (Angop) A economia angolana poderá crescer 1,8 por cento em 2020, após a recessão de 1,1% em 2019, segundo projeções do Orçamento do Estado proposto para o próximo ano.
Este crescimento do Produto Inteno Bruto será suportado pelo desempenho positivo do setor de petróleo, com 1,5%, e pela contribuição não petrolífera, de 1,9%.
A inflação projetada será de 19,6%, um aumento de quase dois pontos percentuais em relação a 2019, de acordo com a proposta de orçamento considerada no último final de semana pelo Conselho de Ministros.
O serviço da dívida pública representará 56,8% do total das despesas do Orçamento do Estado (OGE / 2020), enquanto em 2019 representou 51,27% do total.
Dos 7,2 bilhões de AKz destinados ao serviço da dívida, 4 bilhões serão destinados a operações de dívida pública doméstica (31,8% do Orçamento do Estado) e 3,18 bilhões a pagamentos de dívidas.
A remuneração do pessoal representará 17,1% das despesas, ou seja, AKZ 2,18 bilhões de kwanzas, juros 13,6%, algo como 1,7 bilhão de kwanzas, enquanto as despesas com Bens e Serviços serão de Kwanzas 1,1 bilhão (8,6% do Orçamento do Estado), enquanto as transferências atuais corresponderão para 788,7 bilhões (6,2% do Orçamento do Estado).
De acordo com as projeções do PIB, o crescimento do setor de petróleo será resultado dos programas de manutenção e inspeção que visam uma eficiência operacional acima de 95%, garantindo os programas de revitalização dos campos de Malongo West, Kungulo e Banzala no Bloco 0, bem como nos blocos 14,15,18 e 31;
Restauração e aprimoramento da injeção de água em várias concessões, implementação da estratégia de desenvolvimento de Marginal Fields, reiniciando a produção dos campos de Raia, Bagre e Albacore no Bloco 2/05.
Início do campo da Fase 1 da Agogo no Bloco 15/06, com uma produção média anual de 8 000 BOPD; 6. ii. O projeto Gimboa Noroeste (GimNW) iniciou a produção no Bloco 4/05, com uma produção média anual de 4 000 BOPD.
O crescimento de 1,9% no setor não petrolífero será o resultado de uma maior aceleração do crescimento nos setores de agricultura, pesca e derivativos e serviços de mercado, implementação do Programa de Apoio à Produção, Diversificação de Exportação e Substituição de Importação (PRODESI).
O surgimento de novas micro, pequenas e médias empresas (MPME), a concessão de microcrédito e crédito a juros baixos, à luz do Projeto de Apoio ao Crédito (PAC), a implementação do Plano Integrado de Intervenção Municipal (PIIM) e a Empregabilidade Plano de Ação de Promoção (PAPE).
Segundo a proposta, diamantes, minerais metálicos e outros poderiam crescer 6,6%, seguidos por pesca e derivados com 4%, agricultura 3,1% e indústria de transformação com 1,2%.