Angop
Luanda – A República Popular da China está disponível para ampliar a cooperação económica com Angola, esperando ir além do tradicional modelo estatal de linhas de crédito pagas em petróleo, informou, em Luanda, o embaixador desse país em Angola, Gong Tao.
Josefina Pitra Diakité, Presidente da 3ª Comissão da Assembleia Nacional (à dir) e Gong Tao, embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da República Popular da China
FOTO: FRANCISCO MIÚDO
GONG TAO, EMBAIXADOR EXTRAORDINÁRIO E PLENIPOTENCIÁRIO DA REPÚBLICA POPULAR DA CHINA
FOTO: FRANCISCO MIÚDO
O diploma chinês falava esta quinta-feira à imprensa, no final de um encontro com a presidente da Comissão de Relações Exteriores, Cooperação Internacional e Comunidades Angolanas no Estrangeiro da Assembleia Nacional, Josefina Diakité.
O volume de negócios entre os dois países, no ano passado, foi de 28 biliões de dólares norte-americanos.
O gigante asiático continua a ser o primeiro parceiro comercial de Angola e o primeiro importador de petróleo angolano.
Segundo o diplomata, a China está disponível para ampliar a cooperação bilateral em diversas áreas, “sobretudo porque o actual governo de Angola está a fazer boas políticas para a diversificação da economia no sentido de atrair mais investimento estrangeiro para desenvolver o sector da indústria e da agricultura”.
Na óptica de Gong Tao, que se encontra em Angola há um mês (a semana passada apresentou as cartas credenciais ao Presidente da República), o actual governo angolano está a criar um ambiente mais favorável para novas políticas de investimento em Angola.
Com efeito, disse que empresários chineses deverão deslocar-se a Angola nos próximos tempos para estudar novos canais de investimento.
Informou que o seu país formulou, igualmente, o desejo do aprofundamento das relações bilaterais no domínio parlamentar.
Angola e China são parceiros de longa data, as relações diplomáticas datam de há 36 anos.
No ano transacto, o Presidente João Lourenço efectuou duas visitas à China. A primeira em Setembro, por ocasião da Cimeira China-África e, no mês seguinte, ocorreu a visita de Estado.
Nessas duas deslocações à China, o Estadista angolano manteve encontros com o seu homólogo Xi Ji Ping, tendo como pano de fundo o reforço da cooperação bilateral.