Este projecto inclui a reabilitação do porto mineiro Sacomar e a expansão do porto/novo terminal de contentores e está avaliado em 600 milhões de dólares (547 milhões de euros)
Vai ser construído por um consórcio japonês constituído pela Toyota Tsusho Corporation (TTC) e Toa Corporation (TOA) e financiado pela agência japonesa de crédito à exportação e bancos privados.
A construção deve ter início até ao final do ano e estar concluída na segunda metade de 2022
Em janeiro, a Toyota Tsusho disse que o projecto irá “reduzir a dependência do de Angola petróleo” e “reconstruir infraestruturas afectadas pela guerra civil” no país.
“Este projecto contribuirá para a criação de emprego no país, a revitalização económica da região sul, a diversificação de indústrias e potenciará o porto para se tornar numa janela para a importação e exportação de países do interior”, do continente africano, através da linha ferroviária, de acordo com um comunicado divulgado na altura pela empresa.
Inaugurado em 1957, o porto de Namibe representa um dos principais no país, sendo o maior da região sul e o terceiro maior em Angola.
O terminal de minérios de Sacomar foi construído em 1967 com o objectivo de exportar minério de ferro explorado nas minas de Cassinga, na província de Huila, tendo funcionado durante oito anos. Em 1973 alcançou o seu valor mais alto de exportações, com 6,2 milhões de toneladas.
Segundo o seu portal na internet, funciona actualmente como o principal terminal de combustíveis e lubrificantes da petrolífera estatal Sonangol na região sul do país e exporta, anualmente, 300.000 toneladas de derivados petrolíferos.
Este terminal é apoiado por uma linha férrea de 15 quilómetros que o liga à linha de caminhos de ferro de Moçâmedes.
A província do Namibe assumiu-se, durante o período colonial português, como o principal porto pesqueiro em Angola – com base nas baías de Moçâmedes, a capital, e de Tômbwa – e é ocupado em grande parte do território pelo deserto, considerado o mais antigo do mundo.