MPLA intensifica combate cerrado à Corrupção

0
73

Luanda – A vice-presidente do MPLA, Luísa Damião, considerou, este sábado, a corrupção um crime hediondo que deve ser combatido sem tréguas, notando ter chegada a hora de se fazer um corte e uma ruptura contra as más práticas.

LUÍSA DAMIÃO, VICE-PRESIDENTE DO MPLA,

FOTO: FRANCISCO MIÚDO

PARCIPANTES DA CAMPANHA PÚBLICA DE MORALIZAÇÃO DA SOCIEDADE

FOTO: FRANCISCO MIÚDO

Ao discursar no lançamento da campanha de moralização da sociedade, levada a cabo pelo partido no poder, disse ser fundamental, neste novo ciclo de governação, juntar sinergias em torno do combate à corrupção, ao nepotismo, à impunidade e à bajulação.

Segundo a dirigente partidária, os recursos financeiros ou matérias provenientes da corrupção tornam-se uma desonra pública e, na cruzada contra esse mal, o seu partido deve ocupar a primeira trincheira e assumir o papel de vanguarda e de líder.

“É um dinheiro que não é nosso. É do povo para realizar os interesses públicos, declarou a dirigente do MPLA, para quem o país precisa de verdadeiros patriotas, homens e mulheres que defendem causas nobres e se propõem virar a página e deixar de navegar na impunidade.

Reafirmou, com efeito, que o combate à corrupção é para levar a sério. “Não vale a pena pensar que é apenas para inglês ver e que é selectivo como alguns tentam insinuar em vez de apresentarem opiniões construtivas”.

Todavia, notou que a direção do partido está consciente das interpretações e mal-estar que o combate ao fenómeno possa causar entre as pessoas. “Não está em causa as pessoas mas apenas atacar e destruir o mal”.

Disse ser um processo onde o papel fundamental não cabe apenas aos órgãos da administração da Justiça, em obediência à Constituição e da Lei, mas também às organizações da sociedade civil, igrejas, universidades, entre outros, no sentido de contribuírem para a educação jurídica dos cidadãos e na denúncia de todos os actos que lesem o Estado.

Disse ser preciso que os órgãos da administração da justiça redrobrem esforços no sentido de continuarem com o seu trabalho, que considera complexo, ao lidarem com os crimes financeiros olhando para a dimensão pedagógica.

Segundo Luísa Damião, a materialização na prática do Programa de Governo, no que ao combate à corrupção diz respeito, é realizar um compromisso que o MPLA assumiu não apenas para lograr os votos dos eleitores ou como uma bandeira de campanha mas, sobretudo, porque tinham a consciência da necessidade de cumprir com esse desiderato, que há muito se impunha.

Perante políticos, académicos, governantes, deputados, membros da sociedade civil, entre outros, a dirigente lembrou que os pais fundadores da Nação já fizeram a sua parte, cabendo agora a grande responsabilidade de se trabalhar na mudança de mentalidades e na construção de instituições fortes e caminhar para o desenvolvimento harmonioso e sustentável do país.

“Todos os dias devemos nos lembrar que temos um inimigo comum, a corrupção, o nepotismo, a impunidade e a bajulação. São como se de “uma bomba atómica” se tratasse, que não poupa ninguém, pelo que devemos fazer absolutamente tudo para vencê-la com todos os meios e inteligências necessárias”, vincou.

Disse estar ciente que todos gostariam de proporcionar o bem-estar às suas famílias, considerando legítimo quando se consegue de forma lícita com trabalho honesto, árduo e não de forma ilícita, corrompendo ou se deixando corromper. Isso a todos os níveis, na escola, na família e sobretudo nas instituições.

“Devemos todos renunciar o suborno, ou seja, o uso da recompensa escondida para conquistar um acto, ou omiti-lo, de um funcionário público a seu favor”, observou.

Indicadores contra a corrupção são animadores

A vice-presidente do MPLA disse que a luta contra a corrupção é um facto, sendo que os seus indicadores são animadores, lembrando o encorajamento e incentivo das organizações e entidades da sociedade civil nacional e internacional que dão boa nota aos esforços em curso no país.

Na sua intervenção, ressaltou a determinação, coragem e grande sentido de Estado do Presidente da República, João Lourenço, seus pronunciamentos desde a cerimónia de investidura, em 2017, no combate à corrupção a todos os níveis de Cabinda ao Cunene.

Campanhas similares decorrem nas províncias, nos municípios e comunas e far-se-á, igualmente, encontros com os diferentes extractos da sociedade, nomeadamente jovens do ensino médio, superior, associações profissionais e não profissionais.

A campanha pública para a Moralização da Sociedade decorrerá em todo o país sob o lema “Combater a Corrupção, o Nepotismo, a Bajulação e a Impunidade é garantir o futuro melhor e bem-estar às Famílias angolanas”.

No lançamento da campanha, na Tenda do Talatona, em Luanda, contou com a presença de políticos, individualidades da sociedade civil, da academia, dos órgãos de justiça, da igreja em Angola, representantes do corpo diplomático acreditado em Angola, deputados, entre outros

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui